Conjunto da Estação Ferroviária de Vargem

Localização: Perímetro I: Inicia na esquina da Rua Professor Francisco Morato com a Rua Mansur João Abid, seguindo sentido oeste ao longo desta via; deflete a noroeste, junto ao muro de divisa entre o lote do Conjunto Ferroviário e o voltado para a Rua Nossa Senhora de Fátima; deflete a nordeste na Rua Nossa Senhora de Fátima, contornando o limite da rotatória na confluência desta via com a Rua Geraldino de Oliveira e seguindo no mesmo sentido por esta via; deflete a sudeste junto ao muro de divisa entre o lote do Armazém Ferroviário e o voltado para a Rua Geraldino de Oliveira; deflete a sudoeste na Rua Guilherme José de Oliveira e segue até o ponto inicial, onde conforma este perímetro;

Perímetro II: correspondente ao lote da antiga Vila Ferroviária (atual Delegacia de Polícia de Vargem), situado na esquina da Rua Fioravante Restivo com a Rua Geraldino de Oliveira.

 

 

O Conjunto da Estação Ferroviária de Vargem pertenceu à antiga Estrada de Ferro Bragantina – EFB, constituindo o ponto terminal da linha tronco de empresa, que foi, inaugurada em 1884 até Bragança Paulista e estendida até Vargem e Piracaia em 1913-14, conectou a região homônima à malha ferroviária paulista, proporcionado o desenvolvimento social e econômico de núcleos urbanos antigos, até então à margem do advento ferroviário do estado, por meio do escoamento agrícola, sobretudo cafeeiro, e do assentamento de imigrantes nas localidades adjacentes.

A compra da Estrada de Ferro Bragantina pela São Paulo Railway Company constitui importante capítulo da história ferroviária paulista e das disputas econômicas que a permearam, pois contribuiu para impedir a concorrente Companhia Mogiana de Estradas de Ferro de acessar, a partir de Socorro, o litoral paulista para escoamento direto de sua carga e, assim, perpetuar o monopólio da SPR ao Porto de Santos até 1938.

Neste contexto, o Conjunto da Estação Ferroviária de Vargem apresenta elementos materiais típicos de um empreendimento ferroviário, cuja escala corresponde ao porte da companhia a que pertenceu, possuindo  valor simbólico e afetivo para a população do território que ocupa, sendo um dos últimos remanescentes da Estrada de Ferro Bragantina.

Fonte: Processo de Tombamento

Número do Processo:  65344/11

Resolução de Tombamento:  Resolução SC-50 de 27/12/19.

Publicação do Diário Oficial

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