Localização: Bairro do Cafundó
Segundo a tradição oral dessa comunidade, tudo começou quando os escravos Antonia, Ifigênia e seus pais, Joaquim Manoel de Oliveira e Ricarda, receberam, antes da abolição, a liberdade e 80 alqueires de terra, dos quais apenas 7,8 alqueires permanecem com seus descendentes, em conseqüência de doações e da ocupação das áreas adjacentes pelos fazendeiros. A população do Cafundó, que flutua entre 60 a 80 pessoas, descende dos Almeida Caetano e dos Pires Cardoso, originários das escravas Antonia e Ifigênia. Plantam milho, feijão e mandioca e criam galinhas e porcos para atender parte das necessidades de subsistência. Fora da terra, trabalham como diaristas, bóias-frias e empregadas domésticas. A comunidade, além do português, se utiliza do dialeto africano chamado “cupópia” ou “falange”, muito estudado e documentado por antropólogos e lingüistas.
Fonte Naira Iracema Morgado
Número do Processo: 26336/89
Resolução de Tombamento: Resoução SC 9 de 23/3/90
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: inscrição nº 2, pp. 202 à 205, 11/7/1990
Publicação do Diário Oficial