Localização: Parque Estadual do Jaraguá
O Pico do Jaraguá é, na verdade, um grande acidente remanescente da superfície das Cristas Médias, de De Martonne, ou Japi, de Fernando Flávio Marques de Almeida, sustentada por uma mancha triangular de quartzitos extremamente resistentes, quatrocentos metros acima dos vales regionais, destacado por uma erosão diferencial que desgastou mais rapidamente os filitos, micaxistos e anfibolitos adjacentes, filiados ao grupo São Roque. O afloramento de quartzito ocorre entre 200 e 950 m de altura, sobressaindo-se ao longe na paisagem pois os seus solos pobres e ácidos geram uma vegetação mais rala, com a floresta abrigando-se nos grotões. Acima de 1.050 m, irrompem paredões abruptos e desnudos de 50 a 80 m que se exibem na face leste, extremidade N-NE. É um dispersor regional da drenagem que se apresenta radial, em torno do acidente quartzítico. A perenidade dos mananciais depende, neste caso, do armazenamento das águas exercido, principalmente, pelos solos e formações superficiais, facilmente eliminados se removida a vegetação original. A grande proeminência do Jaraguá baliza o setor noroeste da capital paulista, que ocupou preferencialmente as colinas e espigões mais suaves da Bbacia sedimentar de São Paulo e de onde se pode divisar sempre a sua silhueta característica.
Fonte Processo de Tombamento
Número do Processo: 20437/78
Resolução de Tombamento: Resolução 5 de 04/02/1983
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: inscrição nº 10, p. 303, 01/09/1986
Publicação do Diário Oficial